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Você quer gente inovadora ou inventiva em sua empresa? - Companhia de Idiomas

Você quer gente inovadora ou inventiva em sua empresa?

Em novembro deste ano será lançado o filme Jobs, sobre a vida de Steve Jobs. A cinebiografia mostra o hippie e também o fundador da Apple, junto com seu amigo Steve Wozniak, o Woz.

Segundo Woz, os dois Steve não eram inovadores. Eram inventivos. Quando li isso, imediatamente pensei o mesmo que você deve estar pensando: 
1) Qual a diferença? 
2) Diante do que eles fizeram, o que isso importa?

Inventar é criar do zero. A Apple criou o computador pessoal, o Iphone e o Ipad. Foi inventiva enquanto existia Steve Jobs – que era um gênio, apesar de seus vários defeitos como líder (quem não os tem?).

Inovar é aperfeiçoar algo que já existe. Foi o que a sul coreana Samsung fez?

O que sei é que os resultados de uma empresa não podem depender da genialidade e inventividade dos raros Thomas Edison, Graham Bells ou dos Steves. O Woz saiu da Apple porque, segundo ele, não tinha vocação para ser executivo bilionário. Achou complicada esta coisa de ética pessoal ser diferente da ética profissional quando você se torna um alto executivo. Preferiu continuar sendo inventor. Saiu e criou o controle remoto universal e outras coisinhas, que o deixaram milionário. Está feliz. Isso mostra que o gênio não anda necessariamente junto com a manada (por isso é genial?) , é imprevisível e pode, a qualquer momento, sair da sua empresa por razões incompreensíveis para nós, pobres normais. Se você tem um gênio aí e ele é útil, segure-o, mas ao mesmo tempo, já descubra outros, porque este pode sair amanhã.

Mas se não tem um gênio aí ou você já aprendeu que não dá para depender só dele, terá de desenvolver processos de ideação que possibilitem a inventividade. E não adianta colocar os profissionais de uma área em uma sala e pedir ideias. Um livro que li recentemente chamado Inovadores em Ação, do William Taylor, diz que a maioria dos que trabalham em um mesmo setor desenvolve uma espécie de cegueira: eles prestam atenção às mesmas coisas, não prestam atenção às mesmas coisas. Se sua empresa precisa de inventividade, ou seja, jogar a caixa fora e pensar sem nenhum tipo de censura ou miopia, tente o crowdsourcing.

Se você quer inovação e não exatamente inventividade, também dá para usar o crowdsourcing, mas é aconselhável que a cultura da empresa seja analisada também: há espaço para feedback entre os pares? Os profissionais são encorajados a contribuir, criticar, elogiar, aperfeiçoar processos e pessoas – tudo com tranquilidade e assertividade? Já superou aquela fase em que as pessoas dizem: "não se meta no meu trabalho"? Os líderes realmente ouvem liderados? Ou ainda não? Ou fingem que ouvem, anotam e fingem que vão fazer algo, mas só fazem o que querem? Se tudo isso faz parte do passado da sua empresa, então já dá para promover a inovação. Um local cheio de gente disposta a olhar para dentro e para fora, para cima e para baixo, analisando o mercado, os concorrentes, os produtos lançados no mesmo segmento ou em segmentos totalmente diferentes, comparando tudo o que veem por aí ao que se tem na empresa. Pessoas propondo mudanças, melhorias, inovação como parte do trabalho diário.

 

Wozniak diz que ainda não vê um espírito inovador no Brasil. O que ele sabe sobre nós para esta conclusão eu não sei. O que vejo é um povo inventivo e inovador, que se vira para trabalhar em condições inóspitas, enquanto vê milhões desviados todos os dias pelos péssimos políticos que elegemos. Mas também vejo um povo que ainda supervaloriza o que é importado, que paga caro porque a marca é estrangeira, que nem sempre se esforça para aperfeiçoar o que já está pronto, e que se acomoda muitas vezes com o que é mais rápido, mais fácil, e o que dá mais sensação de poder e status. Talvez muitos tenham sim espírito inovador e inventivo, mas o matam com o passar dos anos, se enquadrando ao status quo, quando são valorizados pela sociedade pelas conquistas de sempre. Fica difícil arriscar com o novo quando se tem tanto a perder, não é?

 

O desafio dos gestores de pessoas do futuro não será mais enquadrar as pessoas, engessando-as em regras e procedimentos, mas ressuscitar este espírito livre em seus colaboradores, para que sejamos um país de empresas e pessoas inovadoras e inventivas. Aí teremos diferenciais perenes e não seremos só a "bola da vez" do mundo ou o destaque nos BRICS por 365 dias, como fomos há pouco tempo e deixamos de ser tão rapidinho.

Fonte: Rosangela Souza e RH.com.br

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Rosangela Souza  é fundadora  e sócia-diretora das empresas Companhia de Idiomas e ProfCerto. Graduada em Letras e Tradução/Interpretação pela Unibero, Business English na Philadelphia, USA.  Especialista em Gestão Empresarial com MBA pela FGV e aluna do Pós-MBA da FIA/USP. Desenvolveu projetos acadêmicos sobre segmento de idiomas, planejamento estratégico e indicadores de desempenho para MPMEs.  Colunista do portal da Catho Carreira & Sucesso. 
 

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