Uma das frases que mais ouço na minha vida profissional, como sócia da @companhiadeidiomas e da @verbify_oficial, é:
“Não consigo aprender inglês. Já tentei muitas vezes, comecei e parei minha vida inteira, vou às aulas mas não tenho tempo de estudar.”
Como mentora de aprendizagem, tento identificar os porquês, para entender:
Por que alguns não conseguem estudar um pouco todos os dias?
Por que estudar parece um sacrifício?
Por que alguns não têm autonomia e precisam sempre de alguém empurrando?
e por aí vai.
O Alex Bretas (@alexbretas11) acabou de lançar um ótimo livro digital que pode nos ajudar a entender um pouco mais sobre essas questões. Sobre a escola, ele diz:
“Em 200 anos (…), essa instituição tem moldado nossa atuação no mundo e nossa percepção de nós mesmos.”
Temos crenças limitantes sobre aprendizagem, que assimilamos de nossas famílias, amigos, escola e outros ambientes. E agimos de acordo com elas até hoje. Sério.
Vamos ver aqui quatro crenças, tiradas do novo livro do Alex Bretas:
“Aprender é igual a ser ensinado”
Nós relacionamos, até hoje, o ato de aprender como consequência de ter um professor ou alguém nos ensinando, passando conteúdo. Claro que aprendemos muito assim, mas não só assim. Escola e professor podem encurtar caminhos e acelerar seus resultados – e isso vale não só para o inglês! Mas aprender é consequência do seu engajamento, da sua vontade, atitudes, regularidade de prática. Não depende de ter dinheiro ou de ter professor (e olha que nem deveria escrever isso aqui, porque sou dona da Companhia de Idiomas…hahaha).
“A responsabilidade pelo meu aprendizado primeiro é dos meus pais, depois dos meus professores, depois dos meus orientadores, e, finalmente do meu chefe e da área de recursos humanos da empresa”
A responsabilidade pelo seu aprendizado é apenas sua. Não é muito inteligente ficar esperando aquele lindo dia, quando sua empresa ou seus pais vão pagar um curso incrível, ou uma imersão no exterior, para só então você começar a aprender. Começa sozinho, começa hoje. Um passo por dia, todos os dias, na direção dos seus sonhos – não tem erro. E aos poucos as oportunidades de se aprofundar vão surgindo.
“Aprender e se divertir não se misturam – um acontece na sala de aula e outro no recreio”
Se você tem um professor e uma escola como parte da sua jornada de aprendizagem do inglês, é hora de analisar. Você se conhece como aprendiz? Está se divertindo enquanto aprende? Consegue incorporar as atividades no seu dia a dia, sem procrastinar? Está estudando só porque vai ter prova? Não se iluda – para aprender algo, você precisa de regularidade diária. Para ter regularidade, você precisa gostar. E gostar é algo individual. Você sabe como você gosta de aprender?
“Se eu passar na prova, então eu sei”
Quantas vezes estudamos, tiramos 10 e… esquecemos todo o conteúdo estudado. Aprendemos? Não. Para aprender algo, temos de encontrar significado do conteúdo em nossas vidas, aplicar esse conteúdo, compartilhá-lo com alguém. Ir bem em uma avaliação não prova seu aprendizado. Pense nisso também!
Quer saber mais?
– Baixe o livro, que é gratuito, e leia inteiro https://drive.google.com/file/d/1GJX-NeFX2BADy9BoPg9DMlLhBxeoOeuq/view
– Converse comigo sobre o tema, por DM no Instagram (@rosefsouza_). Quero entender o que faz e o que não faz sentido para você.
Escrito por Rose Souza e publicado na coluna semanal da Exame.com. Editado para o blog da Companhia de Idiomas.
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