Muita gente leu meu último artigo e quis desenvolver o tema. Quando isso acontece, fico feliz, pois entendo que estou escrevendo sobre algo relevante, que está em nossas mentes e corações. Se você não leu o artigoFracasse Cada Vez Melhor, talvez seja bom ler antes desse. Mas se não quiser, tudo bem!
Fizemos duas reflexões sobre como lidar com erros e sensação de fracasso, e hoje vamos explorar um pouco mais, também com situações e sentimentos do dia a dia. Não gosto da palavra nunca, mas vou usá-la duas vezes neste artigo.
Churchill já dizia: “o sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo” – se sua autoestima é naturalmente baixa, se você se considera menos rico, menos bonito, menos magro, menos inteligente, menos qualquer coisa que as pessoas da sua idade, da sua empresa, da sua família… seu desafio é não se comparar com ninguém. Liste suas escolhas, o que quer ser e conquistar, em qual velocidade, e siga seu caminho.
Tem gente que chega mais rápido ao topo de uma montanha e descobre que não curtiu a viagem. Tem também gente que dá dez passos em direção ao topo, acha meio puxado, diz que está super ocupado com outras coisas e volta – e faz isso todos os dias, desistindo ao menor sinal de dificuldade. No final da vida, o que importa mesmo é o quanto você curtiu sua jornada. Será mesmo que há algum lugar para se chegar? Será que tudo não passa de padrões sociais que você pode ou não seguir?
Em tempos de Economia Colaborativa, vejo que há padrões que estão mudando. Então, nunca se considere um fracassado. Se sua autoestima é naturalmente alta, se você se considera mais rico, mais bonito, mais magro, mais inteligente, mais qualquer coisa que as pessoas da sua idade, da sua empresa, da sua família… Seu desafio é não se comparar com ninguém. Seus resultados são fruto de uma série de fatores favoráveis, não exatamente da sua genialidade.
Sim, você tem méritos, mas provavelmente também teve chances. Quanto mais você se considerar o máximo, menos pessoas você terá ao seu redor. E quando descobrir a verdade, a decepção será grande, ou você continuará aquele cara do item 1, dizendo que a culpa não foi dele. Então, nunca se considere um gênio.
E, como disse no artigo anterior, talvez o maior exercício seja desenvolvermos uma visão mais contemplativa da vida. O professor de yoga que nos atende na Companhia de Idiomas sempre diz, no meio da aula: não se apegue a sensações agradáveis (para não viciar nelas, talvez) e não tenha repulsa a sensações desagradáveis (elas podem ser a fonte que precisamos para crescer).
Faz sentido para você como faz para mim?
Especialista em Gestão Empresarial com MBA pela FGV e aluna do Pós-MBA da FIA. Desenvolveu projetos acadêmicos sobre segmento de idiomas, planejamento estratégico e indicadores de desempenho para MPMEs. Colunista do portal da Catho Carreira & Sucesso, RH.com e Exame.com. Professora de Técnicas de Comunicação, Gestão de Pessoas e Estratégia na pós graduação ADM da Fundação Getulio Vargas.