Por que o processo de aprendizagem, às vezes, pode ser tão difícil?
Por que algumas pessoas parecem aprender tão facilmente um idioma estrangeiro enquanto outras precisam estudar e se dedicar muito e por mais tempo? Por que algumas delas desistem e não chegam à fluência desejada?
Não é uma resposta simples, pois há muitos fatores envolvidos. O primeiro deles é que nosso cérebro, à medida que vai sendo moldado pelas nossas experiências, tem mais facilidade para aprender determinados assuntos e mais dificuldade para outros. O segundo tem a ver com nosso emocional, ou, em outras palavras, a forma como lidamos com o erro, o julgamento, a imperfeição, a vulnerabilidade. Por fim, tem o jeito como aprendemos.
Sobre o jeito como aprendemos, existem várias teorias. As mais conhecidas são de Kolb (1984), Gregorc (1979), Felder e Silverman (1988) e VARK (1992). Apesar de suas peculiaridades, todas têm como objetivo encontrar a melhor forma de aprendizagem do aluno para que o professor consiga escolher as ferramentas adequadas de ensino. Estudos mais recentes, como do British Journal of Psychology e o Journal of Educational Psychology, questionam a relação do nível de retenção e bom desempenho nos cursos com os estilos de aprendizagem de alunos.
O fato é que desenvolvemos várias formas de aprender algo novo e temos canais de preferência. Principalmente, nos últimos anos, com a era da tecnologia, muita coisa tem mudado na educação. Temos descoberto muitos recursos e ferramentas que se provam grandes aliadas.
Estou na área do ensino de idiomas há bastante tempo e tenho visto que determinados métodos, formas de estudar e praticar o conteúdo visto funcionam com alguns tipos de alunos e com outros, muito pouco acontece. Por isso, acho interessante conhecer um pouco sobre os diferentes estilos.
Vou deixar aqui a sugestão de explorar o Questionário VARK (Visual, Auditory, Reading, Kinesthetic), que foi desenvolvido por Neil Fleming depois de acompanhar mais de 9 mil aulas diferentes. Ele começou a pesquisar, então, sobre como as pessoas preferem receber novas informações, como elas conseguem reter e automatizar melhor conteúdo novo.
É uma lista de 16 perguntas que ajuda o aluno a descobrir seu estilo de aprendizagem mais predominante. Com esse resultado, você pode aplicar algumas técnicas mais favoráveis ao seu estilo sempre que estiver estudando um idioma estrangeiro e verificar se ele, realmente, facilita e potencializa o aprendizado e contribui para você alcançar a fluência.
Clique aqui para acessar o teste original ou clique aqui para a versão em português.
E se você é professor, tenho uma boa notícia: a Verbify, empresa do grupo Companhia de Idiomas, está lançando o curso “Ensinando a Aprender”, destinado a professores de idiomas de qualquer lugar do Brasil. Nesse curso o professor aprenderá as melhores técnicas para explorar o estilo de aprendizagem na sala de aula. Clique aqui para mais informações (mas corra porque as aulas iniciam no dia 12/07).
Escrito por Lígia Velozo Crispino e publicado na coluna semanal de inglês da Revista Exame. Editado para o blog da Companhia de Idiomas.
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