Vamos ser honestos?
O maior obstáculo para adquirir fluência em inglês não está exatamente no professor, na escola ou na metodologia. É fato e todo mundo sabe que o aluno sempre aprende, de um jeito ou de outro. Tem gente que aprende até sem escola. Claro que escolas e professores de qualidade aceleram o processo, assim como escolas e professores ruins fazem com que seus alunos levem anos para chegar no nível “quase intermediário”. Isso todo mundo sabe, todo mundo tem um amigo que estuda, estuda mas não evolui.
É hora de aceitar que os dois maiores responsáveis pela fluência em um idioma são bem conhecidos, mas que a gente sempre esquece: engajamento e motivação.
Você pode até se perguntar “mas engajamento e motivação não são praticamente a mesma coisa?”. Não são, não.
Vamos falar primeiro de engajamento. Pense na seguinte situação:
Está quase chegando a hora de você ir para a aula de inglês. Não importa se é aula particular, em escola, aula presencial, por Skype, ou um AVA (ambiente virtual de aprendizagem). Se você não está muito engajado, rapidamente sua mente busca uma lista de motivos para você não ir (mesmo que você nem perceba!):
“Hoje foi um dia muito estressante, vou pra casa descansar.”
“Estou com dor nas costas, não vou aguentar ficar sentado mais tempo.”
“Quase não fiquei com meu filho no final de semana, vou pra casa ficar com ele.”
E por aí vai.
E perceba que você não está mentindo, realmente as justificativas são compreensíveis. Você está recortando da sua vida cotidiana as “razões pelas quais você não deveria ir à aula de inglês hoje”. O problema não é fazer isso uma vez por ano, quando for mesmo necessário. É fazer isso a cada quinze dias.
A mente é capaz de produzir qualquer lista, sobre qualquer coisa. “Razões pelas quais você deveria pedir demissão” – pronto, você tem aí pelo menos cinco motivos. “Razões pelas quais você não deveria pedir demissão” – você também tem!
Você está engajado quando:
1. Nem elabora esta lista mentalmente. Estabeleceu um compromisso de aprender inglês naquele dia e hora? Então você vai.
2. Elabora a lista, mas a rebate na hora, com a lista de contrapontos: razões pelas quais eu preciso/quero aprender inglês. E esta segunda lista o convence de ir, apesar da lista inicial.
Agora vamos falar de motivação. Imagine esta outra situação:
Toda semana você cria uma lista de razões pelas quais você deveria desistir do curso:
“O professor não é perfeito, o curso não é perfeito, o material didático não é perfeito. E eu estou aqui pagando. Portanto, vou parar.”
“Sei que inglês é importante, mas preciso pagar umas dívidas. Vou parar.”
“Estou muito ocupado, muito cansado. Vou parar agora, depois eu volto.”
Quando estamos motivados, encontramos um meio de fazer o que é necessário, apesar dos obstáculos, que sempre existirão. Sabe aquela máxima “quem quer realmente, dá um jeito e faz. Quem não quer, dá uma justificativa?” É por aí.
Portanto, para se manter engajado e motivado, até conquistar a fluência:
1. Escolha a escola, o curso ou a modalidade que mais tem a ver com seu estilo de aprendizagem, com sua rotina, seus gostos e com seu bolso. Assim, algumas justificativas do tipo “o curso é muito caro/a aula é muito cedo” nem entram na sua listinha nociva mental.
2. Depois da sua escolha, entregue-se ao processo de aprendizagem, sem criticar demais os elementos que compõem este processo. Conheço um aluno que, há 10 anos, critica tudo: cada professor do curso, cada material didático, o horário da aula, a aula por Skype, a aula presencial, a plataforma de estudos etc etc. Tudo é mudado no curso dele, e ele continua criticando. Dez anos sem dominar o idioma, perdendo oportunidades na vida, sem se entregar ao aprendizado.
3. Rebata as “listinhas nocivas” assim que surgirem na sua mente, pois são elas que destroem seu engajamento e a sua motivação.
4. Escreva todos os motivos pelos quais você deve perseverar: como será bom entender as séries, as músicas, as pessoas quando viajar para fora do país; como será prazeroso enviar seu CV para todas as vagas sensacionais que requerem fluência em inglês, e ser contratado com um salário maior.
E se você quer se aprofundar neste assunto, fale com a gente. A Companhia de Idiomas tem professores que vão até a sua casa ou empresa e que dão aulas por Skype. Fale com: karina.soares@companhiadeidiomas.com.br
Rosangela Souza (ou Rose Souza) é fundadora e sócia-diretora da Companhia de Idiomas. Graduada em Letras/Tradução/Interpretação pela Unibero, Especialista em Gestão Empresarial, MBA pela FGV e PÓSMBA pela FIA/FEA/USP, além de cursos livres de Business English nos EUA. Quando morava em São Paulo, foi professora na Pós Graduação ADM da FGV. Desenvolveu projetos acadêmicos sobre segmento de idiomas, planejamento estratégico e indicadores de desempenho para MPMEs. Colunista dos portais Catho, RH.com, MundoRH, AboutMe e Exame.com. Desde 2016, escolheu administrar a Companhia de Idiomas à distância e morar em Canela/RS, aquela cidadezinha ao lado de Gramado =) . Quer falar com ela? rose@companhiadeidiomas.com.br ou pelo Skype rose.f.souza